Dança a dança do desfecho...
Porque estavas tão solícito num momento de puro desvelo? O que se esperava do homem? Esperavam um simples aceno de total retidão?
Cuidavas de meras aparências quando o anseio é por reformas profundas, verdadeira profilaxia da alma humana!
Estes eram os idos anseios da era do nascimento ou natal. Anseios que se robustecem e assumem dimensões gigantescas e, que se corporificam na era atual. Como somos iguais! Buscamos verdades e sentido naquilo que nós mesmo negamos ou construímos sobre fundações falsas. Por e para isto inventaram e deram significado à hipocrisia. Afinal somos ou fomos um dia hipócritas, da maneira mais depreciativa. Deixamos as coisas correrem como se nada houvesse ocorrido e com a cara despudoradamente lavada negamos a nossa omissão.
Porém o que se espera é o dia de amanhã. Restaurador! Purificador! Profilático! O dia do verdadeiro nascimento, mas só amanhã!
Amanhã teremos mais tempo. Amanhã seremos outras pessoas, do jeitinho que imaginamos, fazedoras do bem! Mas hoje deixa eu correr com meus afazeres, deixa do jeito que tá para ver como fica! Amanhã eu vou mudar o mundo!
Dança! Dança como se fosse a última dança! E depois dorme!
Dorme e sonha! Sonha como se todos fôssemos Miroslav!